O presidente José Roberto (PP) abriu a sessão convocando o 2º secretário Roosevelt Santana para ler a ata, que foi aprovada por unanimidade dos presentes. Em seguida, iniciou o expediente com o uso da palavra dos parlamentares.
José Teles (PR): Falou da situação lamentável do Estado em todos os sentidos; saúde, educação e segurança. Disse que a administração estadual é um desgoverno e que o panorama atual é motivo de extrema preocupação. Sugeriu que o Governador Jackson Barreto tome as providências cabíveis, dialogue com o seu secretariado, com a classe política; a Assembleia Legislativa afim de que se pense em soluções para que o Estado volte aos tempos de outrora, de estabilidade. A vereadora Edilene Barros (PSL) aparteou parabenizando-o pelo discurso e disse que a situação é séria, que é preciso cuidar para não passarmos pela violência e insegurança que ocorreu em Salvador. "O governador não pode permitir que isso aconteça", finalizou Edilene. José Teles retomou a palavra dizendo que as pessoas estão vivendo com medo de sair às ruas e praças devido à sensação de insegurança. Lamentou o atraso nos salários do servidor público estadual. Finalizou relatando que a M. Sobral Irrigação realizou no dia anterior, uma reunião para discutir a situação que os agricultores estão vivenciando no momento com os efeitos da seca, acarretando na perda da sua produção. Por fim, o parlamentar parabenizou o empresário Milton Sobral pela iniciativa em propor soluções referentes à problemática da seca.
Olivério Chagas (PT): também parabenizou Milton Sobral e aos demais empresários envolvidos que contribuem para o fortalecimento do agronegócio em Itabaiana e lamentou a seca que tem afetado a produção de milho no Estado. Olivério disse que existe uma tentativa por parte da mídia tendenciosa e de pessoas da classe política de piorar a situação do país alardeando fatos inverídicos de acordo com os seus interesses particulares. Exemplificou dizendo que afastaram a presidente Dilma alegando que ela era a causadora da crise pela qual o país está passando e que o presidente em exercício seria uma solução. Com relação ao atraso no pagamento da folha do Estado, Olivério explicou que a Previdência foi sucateada pelos governos anteriores ao do ex-governador Marcelo Déda, e que isso causou um desequilíbrio nas contas do Estado. Mas, a mídia só foca em traçar um cenário pior do que está. Segundo o parlamentar, a Polícia chegou a receber o 2º maior salário do país. "Estão querendo fazer "pirotecnia" política por causa das vésperas do processo eleitoral". Justificou o atraso dos salários com as grandes perdas nos repasses. Em aparte, o vereador Roosevelt Santana disse que concorda em parte com o fato da mídia às vezes exagerar e alardear os fatos, mas que a questão da desvalorização dos policiais e a situação caótica da segurança pública é um fato reconhecido pelos próprios membros e sindicatos da categoria. Olivério retomou a palavra dizendo achar interessante o vereador mencionar um sindicato, sendo que quando o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais esteve na Câmara para reivindicar o reajuste salarial os vereadores da situação não deram a mesma atenção. Roosevelt argumentou dizendo que ele estava falando de sindicatos sem vínculo político, com respaldo e legitimidade para cobrar. Olivério concluiu comentando o cenário político atual, disse que a luta pela democracia e liberdade de expressão que o PT tanto lutou para construir agora estão tentando descontruir. Convidou os parlamentares a refletirem sobre a situação política do país afirmando que o atual presidente Michel Temer é ilegítimo, não foi eleito pelo voto popular, e está dentre os políticos que receberam muito dinheiro no esquema de corrupção. "Estão destruindo principalmente a liberdade de expressão, jamais houve repressão a manifestações populares no governo do PT", finalizou o parlamentar.
Arivaldo Rezende (PMDB): criticou a lei que obriga os veículos a utilizarem o farol baixo aceso durante o dia, dizendo que era preciso fazer uma renovação no Senado e na Câmara dos Deputados. Parabenizou a Polícia pelo seu trabalho. Lamentou a tentativa de assalto ao ônibus escolar do Povoado Bom Jardim e criticou a impunidade dos menores infratores alegando que estamos em país de impunidade, da vergonha e que o erro não está na Polícia e sim nos Senadores e Deputados que não criam leis severas para punir os crimes cometidos.
Edilene Barros (PSL): reforçou a fala do vereador José Teles sobre a insegurança pública, referindo-se que há um mês solicitou ao Comandante do 3º Batalhão um reforço policial na região dos povoados Cajaíba e São José e que ele continue sempre incentivando a ronda nos povoados. Destacou o fato do número de assaltos na cidade ter aumentado constantemente, que a sensação é de insegurança geral e que somente ontem no Bairro Bananeira duas motos foram assaltadas no mesmo instante. Aconselhou aos proprietários de motocicletas a fazerem seguro. Lamentou a tentativa de assalto ocorrida contra o ônibus escolar, em que uma estudante foi atingida de raspão por um tiro, repudiou a situação caótica da segurança pública e destacou a importância de cada um fazer a sua parte, não comprando produtos sem saber qual a sua procedência, para não alimentar esse tipo de crime. Finalizou falando de sua preocupação com a possibilidade da polícia aquartelar-se e diz esperar que isso não venha a acontecer.
Roosevelt Santana (PSB): referiu-se ao discurso do vereador Olivério Chagas reforçando que realmente a Polícia sergipana é uma das mais preparadas, mas que falta uma estrutura digna e valorização por parte do Governo. Falou que através da ferramenta do voto, a população tem o dever de mostrar sua insatisfação e fazer as mudanças necessárias. Exemplificou com o caso do estado de Alagoas, que tinha o mais alto índice de violência e hoje, graças a uma nova gestão é exemplo de segurança pública. Criticou a segurança pública em Sergipe, dizendo que não sabe se é por falta de prioridade ou incompetência do governo. Destacou que o Estado é o 3º com maior índice de violência, o que é inaceitável por ser o menor da federação. Afirmou que Itabaiana é afetada pelo desgoverno e criticou o fato dos aliados não questionarem ao governador por soluções para os problemas que afligem a população. Elogiou a gestão municipal afirmando que vivemos um novo patamar administrativo.
João Cândido (PSB): reiterou os assuntos abordados pelos vereadores Edilene, José Teles e Roosevelt. Pediu aos vereadores aliados do Governo que dialoguem com ele a fim de que sejam tomadas as devidas providências, destacando o fato das pessoas não irem mais as praças públicas devido à insegurança. Lamentou a não inauguração do GETAM e outras obras do governo estadual no município que ainda não foram iniciadas. Afirmou que na próxima sessão apresentará requerimento ao Governo do Estado contra o fechamento do Corpo de Bombeiros no município e destacou a importância do órgão para a região.
Moacir Santana (PSL): falou sobre o caos na segurança pública e da sensação de impotência da população que está à mercê da marginalidade. Justificou essa situação com ausência de políticas públicas e a visão patriarcal que os políticos deixaram por não terem investido na base educacional. Defendeu que somente através da Educação é possível reduzir os índices alarmantes de violência. Parabenizou a família Peixoto pelo empreendimento do Shopping Center que será inaugurado em novembro e gerará cerca de três mil empregos, contribuindo positivamente para a economia no município, ressaltando-o como um bom exemplo em meio a crise que o país está passando. Finalizou falando sobre a necessidade da recuperação e melhoria das rodovias que passam pelo município, afirmando que já cobrou ao DNIT providências, mas que este alegou ser inviável no momento por questões financeiras. Em aparte, João Cândido relatou que participou de uma reunião com o prefeito e o novo superintendente do DNIT, na qual o prefeito cobrou melhorias nas laterais da BR 235, duplicação e sinalização das vias e disse esperar que o Governo Federal aporte recursos para executar essas obras. Moacir finalizou cobrando que sejam executadas as adequações necessárias nas vias públicas, a exemplo de uma rotatória na Avenida Zefinha de Capitulino.
Não havendo mais nenhum orador inscrito para o uso da palavra, passou-se a ordem do dia com a votação e aprovação por unanimidade dos presentes de projetos de lei, moção de pesar e moção de aplausos.
Ivoni Andrade (PMDB): na explicação pessoal, disse que a segurança pública é um problema que está afetando todos os lares e lamentou a situação. Afirmou que o município foi um dos mais agraciados da região com o aumento no contingente policial e questionou o andamento do concurso da Guarda Municipal alegando que se eles já estivessem nas ruas amenizaria a situação da segurança inibindo os índices de violência. Foi aparteada por Edilene, que disse também aguardar a instalação da Guarda Municipal, mas discorda de que houve aumento do policiamento e afirmou que a guarda municipal sozinha não resolverá o problema. João Cândido explicou que a Constituição Federal atribui como competência do Estado dar segurança e que somente a Guarda Municipal não dará cobertura, porque é limitada por lei aos espaços públicos do município como praças, escolas e biblioteca. Zé Teles afirmou que a situação caótica envolvendo o Governo do Estado não se restringe a segurança, que a desordem acontece em todos os aspectos, diferentemente do que é dito sobre Itabaiana, onde o prefeito tem cumprido com os seus compromissos e é tido como espelho de administração, na contramão do Estado.
Não havendo mais nenhum orador inscrito para explicação pessoal, o presidente José Roberto encerrou a sessão convocando a próxima para o dia 11/08.
Vereadores presentes: Arivaldo de Rezende (PMDB), Carlos Vagner Ferreira de Santana (PR), Edilene Barros dos Santos (PSL), Ivoni Lima de Andrade (PMDB), João Cândido Sobrinho (PSB), John David Torres Mota (PSD), José Teles de Mendonça (PR), José Moacir Santana (PSL), José Roberto de Oliveira Santos (PP), Olivério Ferreira das Chagas (PT), Paulo Messias Santos (PMDB) e Roosevelt Alves de Santana (PSB).
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